Plantão Selvagem: Quando Um Urso Pediu Socorro
O Poço Onde Moram os Segredos

Peter foi engolido pelas sombras do poço, e a corda parecia viva entre os dedos de Hanna — pulsava, vibrava, como se sentisse o que estava por vir. O silêncio lá embaixo era espesso, carregado de umidade e lembranças que não pertenciam à memória humana. A voz dele subiu, distorcida pela profundidade. “Tem algo aqui.” Uma pausa. E depois: “Tem olhos. Muitos olhos.”
A palavra caiu como pedra. Hanna não conseguia responder. “São como ela. Estão vivas. Presas.” Um calafrio lento subiu por sua coluna. Ela sabia, no fundo, que não era só um achado estranho. Era um segredo contido, um coração enterrado que ainda batia. E o urso… parado, atento, não movia um músculo. Ele era o único que lembrava o que o mundo tinha escolhido esquecer.
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