Plantão Selvagem: Quando Um Urso Pediu Socorro
O Eco do Abismo

Peter se aproximou do poço e acendeu a lanterna. O feixe de luz mergulhou no escuro — e sumiu. Um silêncio pesado se instalou. Então veio o som: um gemido fraco, molhado, quase humano. Um chamado vindo das profundezas. Hanna gelou. O corpo reagiu antes da mente. Aquilo estava vivo. E esperando.
Peter pegou uma corda, amarrou na cintura e a entregou a Hanna. “Eu desço.” A frase era simples. O risco, enorme. Hanna segurou firme. Seus dedos tremiam. Ele foi desaparecendo, centímetro por centímetro, engolido pelo escuro. A floresta ficou muda. O mundo, suspenso. E ali, na beira do abismo, Hanna sabia: o que Peter encontrasse lá embaixo não pertencia a este mundo — mas já estava nele.
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